Cooperativismo financeiro deve dar ênfase à intercooperação e ao ESG
Não é surpresa para ninguém o crescimento das cooperativas de crédito no Brasil em números bem confortáveis. Isso se explica pelo modelo cooperativista, que tem o cooperado como dono do negócio e o bem comum como objetivo. Nesse sentido, estando mais próximas dos associados, buscam a melhoria do negócio, por meio de aprimoramentos nos quais as instituições financeiras tradicionais não se aprofundam. A intercooperação é um dos destaques nessa área.
O conceito clássico de intercooperação é o de parceria entre cooperativas locais, regionais, nacionais e mesmo internacionais, que podem ser ou não do mesmo ramo. Contrapõe-se ao capitalismo tradicional, pois substitui a concorrência pela colaboração entre as próprias cooperativas. Trabalhando juntas, geram benefícios para o movimento cooperativista, fazendo com que haja integração e financiamento entre as áreas envolvidas, e agregam valor aos negócios melhorando as condições em que estes são realizados. Com a intercooperação, há gradativa redução de custos, combinação de competências, inovação na oferta de produtos e serviços e aumento da competitividade, fazendo com que o setor cresça com mais segurança.
Não bastasse isso, o segmento vem investindo pesado em ESG. Essa sigla, composta pelas iniciais das palavras em inglês Environmental, Social e Governance, (Meio Ambiente, Social e Governança), resume uma agenda que visa conectar a frieza dos negócios com as preocupações ambientais e sociais, propiciando sustentabilidade e longevidade às organizações. Vale ressaltar que esse conceito se amolda principalmente às decisões dos investidores, que avaliam e buscam empresas comprometidas com essas metas. Nesse aspecto, o papel do cooperativismo financeiro é de suma importância, pois, ao financiar práticas sustentáveis de produção, gera na maioria das vezes eficiência energética, diminuição da poluição e redução de desperdícios, contribuindo para uma melhora ambiental.
Assim, o crescimento que vem sendo observado no cooperativismo financeiro é fruto de escolhas certas, que levam em conta o equilíbrio futuro, permitidno antever que essa evolução terá continuidade e ocorrerá em bases sustentáveis.
Coluna digital desenvolvida pelos especialistas em Direito do Agronegócio do Reis Advogados.
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